Outubro
Escrever é crime
A juventude ousa
Pensar é crime
Outubro
Colégio Brasileiro Pedro Silvestre
A literatura ocupa
Os espaços ócios
Desmonta a preguiça mental
Destrói as jaulas de aula
Nos corredores da morte
No lugar dessas certezas
Espalham-se papoulas
O néctar das rosas
Atraem os alados
Foragidos de suas colméias
As crianças são libélulas livres
A escolástica do tormento
Vira um jardim
Perfumado de poemas
Abrem-se os portões!
Outubro
Ameaça!
Os burocratas caem
Dos destroços
Erguem-se
Fecham-se as portas!
“Prendam o poeta! Matem o poeta!
Espanquem o poeta!”
Levados pela polícia
Trancados na cela
São torturados em câmaras de gás
Primeiro Distrito Policial
Ditadura risos & aplausos
O poeta está vivo
“O que não mata fortalece”
Das grades sai o canto
Apesar desses brutos
O poeta vivecanta!
Uma bomba explode na praça!
(poema em repúdio á prisão dos escritores no dia 29 de outubro de 2003)
OS EDITORES DA REVISTA SIRROSE. Ilustração: propaganda do Xarope São João.
faltou dar o nome aos "bois" você é não é historiador?, marcio santana,marcos ney,diego moraes,wagner castro,leonardo bocão.
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